26.10.11

Resenha: Ler, Viver e Amar - Jennifer Kaufman e Karen Mack

Título: Ler, Viver e Amar
Autor: Jennifer Kaufman e Karen Mack
Editora:
Casa da Palavra

Gênero: Chick lit
Páginas: 320
Publicado em: 2011
Avaliação: 4 ½ estrelas



Divorciada pela segunda vez, a vida de Dora se resume a ficar na banheira acompanhada de uma garrafa de vinho e muitos livros – de Tolstoi a Mark Twain, de Flaubert a Jane Austen. Numa das idas à livraria para se reabastecer para o próximo “porre literário” ela conhece Fred, seu príncipe encantado: formado em Literatura, oferece a ela ideias inteligentes, romantismo e uma válvula de escape. Mas a convivência com a família do namorado traz à tona sentimentos novos e a desperta para importantes decisões. Dividida entre Fred e o arrependido ex-marido, bem como entre o ócio e a retomada da vida profissional, a personagem nos proporciona uma história divertida, sexy e inteligente. A heroína imperfeita Dora reflete a angústia da busca por realização e felicidade com que toda mulher irá se identificar.

Pela primeira vez, não consegui fazer um resumão do livro, então usei a sinopse mesmo. A impressão que eu tenho é quanto mais eu gosto de um livro, mais difícil é escrever sobre ele?! É só comigo isso, produção?! Brincadeira a parte, vamos lá... 
Ler, viver e amar é um livro delicioso, do tipo que você começa e esquece da vida. Eu só demorei para terminar de ler por pura falta de tempo mesmo. E confesso que depois de muitos livros com protagonistas irritantes, a Dora conseguiu ganhar minha simpatia. Claro, é uma bookaholic (e jornalista) como eu!
Se você é blogueiro literário, ou mesmo que seja apenas leitor de tais blogs, será impossível não se identificar com ela, apesar de o estilo de vida que ela leva ser totalmente diferente do nosso. A questão toda são os livros. A paixão por eles. O amor pela literatura. E a maneira como ela os insere na vida dela.
Há quem diga que o enredo não passa de um clichê, mas eu discordo. É um chicklit e é isso que esperamos de um chicklit, porém ele tem uma pegada mais madura, principalmente com relação ao Fred e o relacionamento de Dora com a família dele. O final muito me surpreendeu e eu li o epílogo umas três vezes para ter certeza de que eu estava entendendo direito. Até hoje eu não tenho total certeza.
O chamado “porre literário”, que a Dora toma sempre que algo ruim acontece com ela, é sensacional. Achei a ideia brilhante e as autoras merecem os parabéns pela criatividade. Sério. Eu sempre achei que a personagem da minha vida era a Becky Bloom (Sophie Kinsella), mas agora eu tenho certeza que eu sou a Dora!!!
De uma forma geral, é um livro apaixonante, todas as personagens apresentadas tem uma característica única, e eu simplesmente gostei de todas. Até os que deveriam ser odiáveis, foram bem recebidos em meu coração. Sem contar que a maioria deles manda super bem na literatura.

Livro recomendadíssimo, eu só não dei 5 estrelas por causa do final... Eu falei que ele é surpreendente, mas isso não quer dizer que eu tenha gostado. E nem foi pelo que aconteceu, mas como foi apresentado.

Uma atração desse livro são as citações da Dora, e eu vou colocar aqui as minhas favoritas (não tem spoilers):

“Eu coleciono livros da mesma forma que minhas amigas compram bolsas de grife. Às vezes, só gosto de saber que os tenho e lê-los de fato não vem ao caso. Não que eu não termine lendo-os todos, um por um. Eu os leio. Mas o mero ato de comprá-los me deixa alegre – o mundo é mais promissor, mais satisfatório. É difícil explicar, mas eu me sinto, de alguma forma, mais otimista. A totalidade do ato simplesmente me faz feliz.” (MINHA IRMÃ GÊMEA!!! ELA ME ENTENDE!!!)

“As mulheres fazem coisas diferentes quando estão deprimidas. Algumas fumam, outras bebem, outras ligam para o terapeuta, algumas comem. [...] E o que eu faço – o que eu sempre fiz – é sumir de tudo e de todos, mergulhando em um porre literário que pode durar vários dias.”
“[...] Sempre me sinto melhor comigo mesma quando estou absorta em um bom livro.”
“Os adoradores de livros vêm em seguida. Eles mantêm seus livros cobertos (e não por que são romances), usam marcadores de páginas e absolutamente nunca deixam o livro tocar o chão. Eles olham para o livro como se fosse um ser com sentimentos, um objeto de desejo vivo, que respira, que precisa ser tratado com absoluto respeito. Eles leem cada palavra, até mesmo as notas de pé de página.” (ESSA SOU EU!)
“Eu coleciono livros da mesma forma que minhas amigas compram bolsas de grife. Às vezes, só gosto de saber que os tenho e lê-los de fato não vem ao caso.”

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