Resenha: A casa da praia, Jane Green
Autor: Jane
Green
Editora: NovaFronteira
Gênero: Romance,
Ficção
Páginas: 363
Publicado em: 2011
Avaliação: 4 ½ estrelas
Sinopse: Nan é uma velhinha esperta, saudável, agitada, faladeira. Viúva é chamada de excêntrica pelos moradores de Nantucket – a ilha que se transformou em recanto de férias para milionários. Seu casarão fica na beirada de um penhasco e é admirado por todos da cidade, inclusive pelos empreendedores de plantão, sempre dispostos a anunciar a melhor oferta.
Após uma visita inesperada de seu consultor financeiro, Nan descobre que perdeu todo o seu dinheiro investido e, prestes a ficar sem o imóvel, tem uma brilhante ideia: transformá-lo numa pousada. Assim, os dias de Nan passariam a ser movimentados como antes, e a casa voltaria a ter vida.
Longe dali, três histórias se desenrolam: Daniel guarda um terrível segredo, que o leva ao divórcio; Daff precisa lidar com a revolta da filha adolescente, que a culpa por ter de viver longe do pai; e o filho de Nan, Michael, perde a cabeça e acaba prejudicando sua carreira.
Um verão fora de casa talvez seja tudo de que eles precisam, embora pareça que só um milagre possa resolver os seus problemas. E é na casa da praia que eles se refugiam, onde vão buscar a felicidade e descobrir quem realmente são.
Em A Casa da Praia nós somos apresentados a diversas
histórias, cada uma com o seu envolvimento e drama. É um livro que se eu visse
a venda, não compraria por causa da capa. É daí que vem aquele velho ditado: “Não
julgue um livro pela capa”, pois é. O que chama atenção no livro é a maneira como é organizada a sua narrativa. Conhecemos diversos personagens,
com diversos conflitos, que no decorrer do livro irão se encontrar na velha
casa da praia.
Nan, a dona da casa, é uma senhora de idade, que se mostra
muito ativa logo no início do livro. Ela vê sua vida fugir do rumo ao
descobrir que perdeu todo o dinheiro que tinha aplicado em um fundo de
investimento. Dinheiro que ela adquiriu logo após a morte do marido. Para
tentar se reerguer, e não ter que vender a casa na qual guarda grandes memórias,
ela tem a ideia de fazer uma pousada durante o verão, assim, ganha um pouco de dinheiro e ainda tem a casa repleta de gente como sempre gostou.
Daniel é um jovem consultor imobiliário casado com a Bee.
Ele vê seu casamento desmoronar aos poucos por esconder um “terrível” segredo de
sua família. Bee, ao perceber, com o passar dos anos, o distanciamento do marido,
propõe que eles façam terapia de casal no qual eles tentam buscar ajuda para
salva o matrimônio e, que no fim, Daniel acaba percebendo que é algo inútil.
Daff é uma recém-divorciada que vê seu mundo desabar logo
após a descoberta da traição do marido. Ela se vê na situação de mãe solteira de
uma adolescente rebelde, Jess, que a culpa pelo fim do casamento e não aceita a
nova relação do pai, Richard.
Michael, filho de Nan, sempre foi namorador, mas nunca achou
alguém que o completasse por inteiro e acabava nunca se comprometendo com suas
namoradas. Quando um dia acaba em uma relação dolorosa e comprometedora com sua
chefe.
A casa da praia mostra-se um refúgio para todos esses
personagens que buscam a resposta para todas as suas dores e aflições. Eles, no
decorrer do livro, criam um laço como uma família. É como se casa tivesse vida
própria para envolver todos eles, gerando uma grande intimidade, e acabam
compartilhando e superando juntos os seus dramas.
No livro, os personagens se mostram muito palpáveis e não pessoas estereotipadas, são humanas.
Conseguimos fazer diversas ligações ao nosso dia-a-dia. É um livro escrito de
maneira simples e leve, com uma certa carga emocional. E no final acabamos não com
uma lição de moral, mas com uma mensagem em que tudo pode ter uma solução.
Ao mesmo tempo em que é sentimental e profundo, é também romântico
e bonito. No transcorrer da narrativa já dá pra matar a charada de quem vai se envolver com
quem, e você acaba torcendo loucamente para que esse relacionamento dê certo.
Minha nota é 4 ½ estrelas por conta da personagem Jess que me irritou
muito com seu jeito de adolescente rebelde, ao exigir atenção de diversas
maneiras, muitas vezes infantis. Fora isso, recomendadíssimo!