Resenha: Estilhaça-me, Tahereh Mafi
Título:
Estilhaça-me
Autor:
Tahereh Mafi
Editora:
Novo Conceito
Gênero:
Ficção
Páginas:
304
Publicado
em: 2012
Avaliação:
5 estrelas
Sinopse: Juliette nunca se sentiu como uma pessoa normal. Nunca foi como as outras meninas de sua idade. O motivo: ela não podia tocar ninguém. Seu toque era capaz de ferir e até matar.Durante anos, Juliette feriu e, segundo seus pais, arruinou o que estava à sua volta com um simples toque, o que a levou a ser presa numa cela. Todo dia era escuro e igual para Juliette até a chegada de um companheiro de cela, Adam. Dentro do cubículo escuro, Juliette não tinha notícias do mundo lá fora. Adam ia atualizando-a de tudo.Juliette não entendeu bem o que estava acontecendo quando foi retirada daquela cela e supostamente libertada, ao lado de Adam, e se vê em uma encruzilhada, com a possibilidade de retomar sua vida, mas por caminhos tortuosos e totalmente desconhecidos.
Eu preciso dizer que AMEI esse livro! Sim, amei tudo do começo ao
fim. Tanto que estou sem palavras para escrever essa resenha... Não sei por
onde começar, quais pontos apontar e como finalizar. Só sei que é um livro
sensacional.
Antes de iniciar a leitura li algumas resenhas não muito
positivas, criticando a história e o estilo narrativo da autora, e isso me
desanimou um pouco. Logo, não comecei a lê-lo com grandes expectativas, mas me
surpreendi demais!
A narrativa da Tahereh é diferente, é mais poética. Muitas
sentenças são escritas direto, sem vírgulas, nem nada. Há repetições das mesmas
palavras, dos mesmos pensamentos de Juliette. Ah, o livro é em 1ª pessoa, pela
visão dela. Os pensamentos rabiscados de Juliette dão um toque diferente e bem
legal. É difícil explicar, mas você se identifica, porque nós mesmos fazemos
isso de vez em quando.
“Ninguém jamais me tratou como igual. Mas ele não sabe que sou
um monstro meu segredo.”
Entenderam o que eu quis dizer? Rsrsrs
Estilhaça-me é mais uma distopia e em alguns pontos é um mundo
parecido com o de Jogos Vorazes: uma sociedade destruída, pobre, passando fome
e um governo controlador e rico. Basicamente.
Juliette parece ser uma protagonista muito fraca, fragilizada
emocionalmente e você sente que ela irá te irritar o livro todo, mas com o
passar do tempo você sente a sua força e determinação... Tanto física, quanto
psicológica. Me apeguei muito a ela.
O Adam... Ah, o Adam é lindo, um fofo e eu quero um só para mim. É
uma pena ele só ter 17 ou 18 anos. E o Warner, apesar de ser o vilão, também é
bem interessante e eu sinto que ele vai mudar.
Durante a leitura observei 2 errinhos de tradução: “banho de bebê”
e “jura”.
“[...] o mundo com encontros no cinema e casamentos primaveris e
banhos de bebês.”
“Ele jura baixinho para que ninguém mais escute. [...] Ele jura
novamente.”
Não precisei ler em inglês para saber que isso estava errado. Para
quem tem conhecimento em expressões da língua inglesa pode perceber facilmente. “banho
de bebê” seria “baby shower” que na verdade significa “chá de bebê”. “jura” é
“swear”, que realmente significar jurar, mas no contexto quer dizer “xingar”,
“blasfemar”.
Enfim, me surpreendi com o final, realmente não estava esperando
por aquilo, e estou ansiosa para saber o que virá a seguir.
Mesmo com essas falhas de
tradução, eu dou 5 estrelas para o livro... Fazia tempo que não me empolgava
tanto com uma leitura. Vale a pena!