25.6.12

Resenha: Estilhaça-me, Tahereh Mafi


Título: Estilhaça-me
Autor: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Gênero: Ficção
Páginas: 304
Publicado em: 2012
Avaliação: 5 estrelas
Sinopse: Juliette nunca se sentiu como uma pessoa normal. Nunca foi como as outras meninas de sua idade. O motivo: ela não podia tocar ninguém. Seu toque era capaz de ferir e até matar.Durante anos, Juliette feriu e, segundo seus pais, arruinou o que estava à sua volta com um simples toque, o que a levou a ser presa numa cela. Todo dia era escuro e igual para Juliette até a chegada de um companheiro de cela, Adam. Dentro do cubículo escuro, Juliette não tinha notícias do mundo lá fora. Adam ia atualizando-a de tudo.Juliette não entendeu bem o que estava acontecendo quando foi retirada daquela cela e supostamente libertada, ao lado de Adam, e se vê em uma encruzilhada, com a possibilidade de retomar sua vida, mas por caminhos tortuosos e totalmente desconhecidos.

Eu preciso dizer que AMEI esse livro! Sim, amei tudo do começo ao fim. Tanto que estou sem palavras para escrever essa resenha... Não sei por onde começar, quais pontos apontar e como finalizar. Só sei que é um livro sensacional.
Antes de iniciar a leitura li algumas resenhas não muito positivas, criticando a história e o estilo narrativo da autora, e isso me desanimou um pouco. Logo, não comecei a lê-lo com grandes expectativas, mas me surpreendi demais!
A narrativa da Tahereh é diferente, é mais poética. Muitas sentenças são escritas direto, sem vírgulas, nem nada. Há repetições das mesmas palavras, dos mesmos pensamentos de Juliette. Ah, o livro é em 1ª pessoa, pela visão dela. Os pensamentos rabiscados de Juliette dão um toque diferente e bem legal. É difícil explicar, mas você se identifica, porque nós mesmos fazemos isso de vez em quando.

“Ninguém jamais me tratou como igual. Mas ele não sabe que sou um monstro meu segredo.”

Entenderam o que eu quis dizer? Rsrsrs
Estilhaça-me é mais uma distopia e em alguns pontos é um mundo parecido com o de Jogos Vorazes: uma sociedade destruída, pobre, passando fome e um governo controlador e rico. Basicamente.
Juliette parece ser uma protagonista muito fraca, fragilizada emocionalmente e você sente que ela irá te irritar o livro todo, mas com o passar do tempo você sente a sua força e determinação... Tanto física, quanto psicológica. Me apeguei muito a ela.
O Adam... Ah, o Adam é lindo, um fofo e eu quero um só para mim. É uma pena ele só ter 17 ou 18 anos. E o Warner, apesar de ser o vilão, também é bem interessante e eu sinto que ele vai mudar.

Durante a leitura observei 2 errinhos de tradução: “banho de bebê” e “jura”.

“[...] o mundo com encontros no cinema e casamentos primaveris e banhos de bebês.”

“Ele jura baixinho para que ninguém mais escute. [...] Ele jura novamente.”

Não precisei ler em inglês para saber que isso estava errado. Para quem tem conhecimento em expressões da língua inglesa pode perceber facilmente. “banho de bebê” seria “baby shower” que na verdade significa “chá de bebê”. “jura” é “swear”, que realmente significar jurar, mas no contexto quer dizer “xingar”, “blasfemar”.

Enfim, me surpreendi com o final, realmente não estava esperando por aquilo, e estou ansiosa para saber o que virá a seguir.


Mesmo com essas falhas de tradução, eu dou 5 estrelas para o livro... Fazia tempo que não me empolgava tanto com uma leitura. Vale a pena!

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