28.9.12

Resenha: Um lugar para ficar, Deb Caletti

Título: Um lugar para ficar
Autor: Deb Caletti
Editora: Novo Conceito
Gênero: Ficção, Drama
Páginas: 272
Publicado em: 2012
Avaliação: 2 1/2 estrelas
Sinopse: O relacionamento de Clara com Christian é intenso desde o começo e diferente de tudo o que ela já havia experimentado. No entanto, o que começa como um grande afeto rapidamente se transforma em obsessão, e já é muito tarde quando Clara percebe que as coisas foram longe demais e que Christian está disposto a fazer de tudo para ficar ao seu lado. Então, Clara parte da cidade e Christian fica para trás. Ninguém sabe onde ela está, mas, mesmo assim, Clara ainda luta para se livrar do medo. Ela sabe que Christian não vai permitir que ela suma tão facilmente. Não importa para onde ela vá, nunca será longe o bastante...

Clara conhece Christian por acaso... Coisa do destino, mas como o pai dela sempre diz, “O destino tem um senso de humor perverso”. Como ela não viu os sinais? Estava tudo ali na cara dela, mas ela não conseguia ver nada além da beleza de Christian, seus olhos azuis, seus cabelos loiros e seu sotaque europeu. Além disso, ele tinha um lado fofo e apaixonado por ela e era a isso que ela preferia se apegar. Assim era mais fácil. Porém a linha que separa o amor da obsessão é bem tênue.

Um lugar para ficar prometia ser um livro e tanto com esse enredo de amor obsessivo, medo, fugas etc. Todo esse conceito é bem real e pode acontecer com qualquer um de nós, inclusive conheço pessoas que já passaram por algo parecido. Mas de qualquer forma, a autora não conseguiu me convencer muito bem.
Achei tudo muito exagerado na narrativa. Vejam bem, sou uma pessoa extremamente emocional, mas quando o assunto é relação humana, eu sou muito racional e tudo no livro me parecia absurdo. Tá, é ficção, porém a história que ela resolveu contar é algo que existe, então poderia ter sido abordada de uma maneira mais convincente.
A personagem Clara é... Não tenho palavras para descrever tamanha estupidez em uma única pessoa, por mais que ela seja adolescente, não é possível que existam pessoas assim. Qualquer ser em sã consciência teria dado um basta nesse absurdo logo de cara, não importa o quão lindo e fofo o cara possa ser quando ele não está sendo louco e neurótico.
Os únicos personagens que me conquistaram de verdade foram o pai dela, Bobby, mesmo ele sendo o protagonista de um dos momentos nonsense do livro, e o “marinheiro” super cute, Finn! Ok. Não posso deixar de mencionar Annabelle e Sylvie que são duas mulheres com um papel importante na história, mesmo que não tenham me conquistado, gostei das duas.

Bom, a narrativa da Deb Caletti é simples, sem nada que a destaca dentro desse mundo literário. Na verdade, ela deixou a desejar... Porque eu achei o livro chato. Simples assim. Preciso parar de criar expectativas pelas sinopse, pois tenho me decepcionado imensamente com isso.
Outro ponto negativo, me deparei com alguns erros de digitação e, principalmente, de tradução. Eu não li o livro em inglês, mas eram termos e construções de frases óbvias, que qualquer pessoa com o mínimo conhecimento de inglês perceberia. Coisa rara de encontrar nos livros da Novo Conceito, por isso mesmo fiquei surpresa. Ah, e não podemos esquecer que esse é o livro com o tão comentado “kkkkkkkkkkkkkkk”. Não curti essa linguagem de internet no livro, não.
Pontos positivos? Mesmo sendo chata, a leitura é leve, a capa é bonita, as páginas são amareladas e o estilo da fonte é bem delicado... Gostei! Ah, esqueci de mencionar as notas de rodapé. Eu achei a ideia interessante e ficou legal também.

2 1/2 estrelas por tudo o que falei. Ainda ficou alguma dúvida sobre o porquê de eu não ter gostado do livro?

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