Homens de Preto 3 - O fim ou o começo?
Um bom filme acumula fãs com o passar dos anos. Um bom filme gera renda e tem um elenco competente. Um bom filme oscila entre o drama e o humor de forma quase poética, fazendo com que o público mal perceba essa transição. Bem, Homens de Preto 3 acumula essas características e nos traz novamente a dupla mais improvável do cinema, mas que deu certo como há muito não se via. Agora, contudo, em duas versões...
Para os que ainda não conhecem a trama principal dos filmes, resumidamente é o seguinte: existe uma agência ultrassecreta que trata de assuntos relacionados a toda e qualquer criatura alienígena. Essa agência é mantida com recursos do governo (que, em tese, a desconhece) e é responsável por alocar e gerenciar a vida de milhares de extraterrestres que habitam nosso planeta. É algo bem próximo ao Programa de Proteção à Testemunha, onde o indivíduo é introduzido na sociedade de forma imperceptível. Partindo desse ponto, os filmes nos mostram que políticos, astros e outras personalidades importantes são alienígenas, algo sempre abordado com muito humor.
Os dois primeiros filmes tratam, em suma, da escolha de J (Will Smith) para a agência, após um dos mais engraçados processos de seleção que já vi. J torna-se parceiro de K (Tommy Lee Jones) e, após um início de cooperação complicada, eles adquirem respeito mútuo e uma amizade ainda maior. Nas duas primeiras produções a temática ficou por conta dos problemas gerados por alienígenas (o primeiro relata a busca por uma galáxia escondida que corre o risco de ser destruída por um alien em forma de barata. O segundo, por sua vez, envolve a restauração da memória de K para evitar que a invasão de uma alienígena sensual se concretize).
Em ambas as produções o senso de humor é o ponto forte. O eterno aprendizado de J diante da experiência de K garante boas risadas. Aliás, a expressão sempre sisuda de Tommy Lee Jones tornou-se uma marca de seu personagem.
Destaque para o arsenal que os Homens de Preto possuem e a agência onde trabalham. Aliás, a agência é o alvo de Serleena, a alienígena de lingerie que pretende destruir K e os outros agentes no segundo filme.
O terceiro filme
Ficha Técnica:
Ano de produção - 2012
Direção - Barry Sonnenfeld
Elenco: Will Smith - J
Tommy Lee Jones - K
Josh Brolin - K (versão jovem)
Jemaine Clement - Boris, o Animal
Michael Stuhlbarg - Griffin
Emma Thompson - O
Bill Hader - Andy Warhol
Alice Eve - O (versão jovem)
Composições por Danny Elfman
Os dois primeiros filmes tratam, em suma, da escolha de J (Will Smith) para a agência, após um dos mais engraçados processos de seleção que já vi. J torna-se parceiro de K (Tommy Lee Jones) e, após um início de cooperação complicada, eles adquirem respeito mútuo e uma amizade ainda maior. Nas duas primeiras produções a temática ficou por conta dos problemas gerados por alienígenas (o primeiro relata a busca por uma galáxia escondida que corre o risco de ser destruída por um alien em forma de barata. O segundo, por sua vez, envolve a restauração da memória de K para evitar que a invasão de uma alienígena sensual se concretize).
Em ambas as produções o senso de humor é o ponto forte. O eterno aprendizado de J diante da experiência de K garante boas risadas. Aliás, a expressão sempre sisuda de Tommy Lee Jones tornou-se uma marca de seu personagem.
Destaque para o arsenal que os Homens de Preto possuem e a agência onde trabalham. Aliás, a agência é o alvo de Serleena, a alienígena de lingerie que pretende destruir K e os outros agentes no segundo filme.
O terceiro filme
Homens de Preto 3 foi uma das sequências mais aguardadas. Causou estranheza a demora de 10 anos de uma produção para a outra (MIB é de 1997, MIB 2 é de 2002 e, finalmente, MIB 3 é de 2012). Mas o que conta é o resultado final e, nesse quesito, MIB 3 agradou demais aos fãs.
A história faz referência a um segredo que nem mesmo J (já com 15 anos de MIB) tem ciência. Há um grande mistério na vida de K que é escondida pela elite da agência. As complicações começam quando o maior inimigo de K foge de sua prisão lunar e volta no tempo, assassinando o personagem de Tommy Lee. Esse é o ponto de partida para uma aventura sobre viagem no tempo muito bem elaborada. A ambientação e a reconstituição dos lugares e pessoas da década de 60 ficaram incríveis, mas nada se destaca mais que a escolha de Josh Brolin para interpretar o jovem K (ele não tem mesmo parentesco com Tommy?). Usando do mesmo humor (ou falta de humor?) de sua versão mais velha, Josh consegue convencer que é o agente da MIB e junto com Will Smith ele obtém uma parceria tão convincente quanto a dos dois filmes anteriores.
A viagem no tempo não é uma novidade em filmes, o que não diminui os efeitos e a necessidade da mesma para a trama. Tentar evitar a morte de Kay é a meta de Jay, não só em nome da amizade entre os dois, mas também para que os planos de vingança e conquista de Boris (interpretado com eficiência por Jemaine Clement). Destaque para o guia dos agentes, o extraterrestre Griffin, habilmente interpretado por Michael Stuhlbarg.
Essa continuidade de MIB traz um diferencial que, por vezes, deixa o filme mais sombrio: a morte está presente em alguns pontos, quebrando um pouco o tom de comédia que cerca a trilogia. Entretanto, a obra cumpre com o que promete, proporcionando um final envolto em sentimentalismo e, mesmo assim, coerente.
Espere tudo de Homens de Preto 3: humor, morte, amizade, novos atores e, acima de tudo, uma conclusão inteligente que amarra pontas das versões anteriores, além de termos o prazer de rever Will e Tommy novamente juntos. O filme é um provável fim para a franquia, porém esclarece o começo de uma dupla que está intrínsicamente ligada pelo destino... e eu espero que se reúna novamente.
Curiosidades: os Homens de Preto são uma lenda urbana que circula pelos EUA desde, pelo menos, a década de 1950. A lenda diz que existe um grupo de homens que usam ternos pretos, responsáveis por coibir a divulgação de fenômenos ufológicos, além de resguardarem segredos sobre alienígenas. Algumas versões indicam que os Homens de Preto seriam agentes governamentais.
Os filmes são baseados em uma série em quadrinhos homônima, criada por Lowell Cunningham, publicada originalmente pela Aircel Comics.
Ficha Técnica:
Ano de produção - 2012
Direção - Barry Sonnenfeld
Elenco: Will Smith - J
Tommy Lee Jones - K
Josh Brolin - K (versão jovem)
Jemaine Clement - Boris, o Animal
Michael Stuhlbarg - Griffin
Emma Thompson - O
Bill Hader - Andy Warhol
Alice Eve - O (versão jovem)
Composições por Danny Elfman